sábado, 3 de novembro de 2007

Aquiescência

Pés e mãos atados
na masmorra
o vento indevoto
aflige e congela
desordena os quereres
- aquiescência do medo

no peito nem o ar pousa
suspensa presumo
para(lítico) nítida mariposa
ninfas em seus casulos
- o tempo mudar[a o rumo

as serpentes ignoram sua efemeridade
- e o encantador faz delas o que quer

ri(mas)
ri(o)
sobre lendas que tornam
as águas límpidas
e regam os lírios que brotam
pelas eras sempre móveis
do olhar que repara...é certo
e aí tudo se transforma

-Teu signo não me manda flores,
mas planta-as em mim

/ivonefs - 22/10/2007

Um comentário:

Anônimo disse...

Ivone,

que poema lindo!

Belíssimo - em todos os Sentidos!

Que bom que você gostou da frase do Neruda na minha versão!


Abraços, flores, estrelas..