quarta-feira, 30 de maio de 2007

MEUS OLHOS DE DENTRO

Ao tentar me encontrar
Distanciei-me de mim mesma
Estive ao léu por puro desejo
Deixei a vida me tomar

Esvaziei-me de tudo e vejo
À distância, um vestígio,
De uma forma, um resquício
Bem distante é o que vejo

Mas inteira ao sentir
Sentir é sem limite
Sentir é perceber
O que os olhos não podem ver

Os olhos fingem
Os olhos vêem o que querem
A alma vê o que sente
E consente que se veja

Ao tentar me encontrar
Entrei em mim mesma
Vi o que os olhos não viam
Ultrapassei o limite do medo.