domingo, 11 de outubro de 2009

ele sabe rasgar-me o peito

e não cirze, deixa o feito

se fosse pra dizer tudo
teria que pintar
talvez filmar
ou fazer uma radiografia

minha pele se debatendo
(en-cena)

carne que resiste
(ao veneno)
à bala
à faca
ao flagelo

pálida, não sangra
feita estátua de santa
à confissão reverbera

ele dizia:
- ela é tão boazinha e não há quem dela não goste

eu pensava:
- só você me bastava. não preciso de tanto

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Hoje visitei Mario de Andrade

Hoje visitei a casa do Mario de Andrade. Foi por acaso - dizem que nada é por acaso -Estava na Barra Funda comendo um pedaço de abacaxi - desses mesmo que a gente compra numa banquinha de frutas na esquina - depois de enfrentar uma fila na Junta Comercial e ter "discutido" com o atendente que queria se livrar de todos em um minuto como que para demonstar sua eficiência pela rapidez no atendimento. O cara não ouvia ninguém e na minha vez prometi a ele que se não me passasse todas as informações ia dar um beijo na boca dele na frente de todo mundo. Nunca vi alguém corar tão rápido e a fila inteira riu. De fato as informações estavam erradas e quase paguei inutilmente uma guia que não serviria para o fim que eu precisava. Comia o abacaxi e contabilizava meu prejuízo do dia, guia: quinze reais, abacaxi: um real e o estacionamento: oito reais, tudo por uma exigência da Receita Federal e acabei ficando com um protocolo para voltar em cinco dias. ... (ainda bem que dei carona a um desconhecido a quem pedi informações para chegar até a Rua Barra Funda, isso adiantou meu expediente). Também falava com o Luiz Filho no msn pelo celular e dizia a ele que as ruas da Barra Funda eram esquisitas e ele disse que era questão de acostumar... uma vez eu falei pro Schawartz que não tinha nada na Praça Roosevelt...ele até twuintou minha frase...disse que rendeu muitas gargalhadas. O Schawartz é mais um que não acredita que nada é por acaso, pois foi por causa do absurdo que eu disse que acabei lá, na Praça Roosevelt, rodando em seus bares com a Rita Medusa, o José, o Mirisola, o Bactéria, Bortolotto, quer dizer o Bortolotto estava presente, só presente... E hoje, foi justamente quando eu praguejava as ruas da Barra Funda, que dei de cara com a Casa do Mario de Andrade. Lembrei do Muryel e por causa dele fotografei.




1. Francisco Pettinati - 2. um anônimo - 3. René Thoillier - 4. Manuel Bandeira - 5. A. F. Shmidt - 6. Paulo Prado - 7. Graça Aranha - 8. Manoel Vilaboin - 9. Goffredo da Silva Telles - 10. Couto de Barros - 11. Mario de Andrade - 12. Cândido Motta Filho - 13. Rubens Borba de Moraes - 14. Luís Aranha - 15. Tácito de Almeida - 16. Oswald de Andrade.

*Foto de um painel no interior da Casa de Mario de Andrade