quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

não se fixa uma prancha sobre as ondas

se alta entorpecia
a língua
em vertigem
engolia o maior vômito futuro
cantava Ben Jor: "...e que se pode voar sozinho até as estrelas"
segredos explícitos
negados
nas rutiladas retinas expostos

- o mar é morto o brilho é só memória -
esse gosto de querer adivinhar
de afirmar e negar
de negar afirmar
passado passado passando pulsando
intermitente

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Abstração



lápis e maquiagem de olho

porrada

eu tenho a calmaria das águas
turva nas tempestades

eu sei esperar
solenemente
pelo sorriso que não tarda

e nele me banho
como Afrodite
que ninguém diz:

de um amor cortado
espumou
para te ferir os olhos