Sinto tua dor,
então deito
os olhos
no peito
não vejo além
de um palmo
do chão
me faço refém
de carícias eternas
secas, amargas,
que hibernam
num corpo
calado
investi
desisti
insisti
agora
sem nada
nem amanheço
nem corro perigo
sou sombra
retida
à margem
desta hora
que engasga
a única nota
de minha voz:
- ai!
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