quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

O rio

O dia amanheceu velho e cansado
e eu lamento as alegrias poluídas
de sabor amargo, pesado
desta indigesta manhã

Nas entranhas corroídas
as poças estagnadas infestam
meus passos paralisados
entre os muros fétidos que me enjoam

Vou para floresta
lá tem um rio que canta
e me conta os segredos esquecidos
que me acalantam

As sombras me cobrem
as palavras não golpeiam
e no barulho do rio
ouço uma oração e adormeço

/Ivonefs

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