Há dias o vento não sopra
Estático fica o verso sobre a mesa
Na espera da palavra seguinte
Como alguém esquecido
Desses que passam tão despercebidos
Que nem a si mesmos se vêem.
A mesmice dos pequenos assuntos
Círculos viciosos canalizados
Mediocrizados em leigas sentenças
Transformados em bestialidades
Anacrônicas infrutíferas.
Não é do vazio vago vácuo
É do exagero sem nexo
Da multidão que se arrasta
A massa que passa ligeira
Vai e vem sem fim
E assim faz o verso ruir
É como o caso encerrado
Do beijo cansado da boca que toca
Da presença invisível, ignorada
Do sol que nasce e morre
Nos dias de passos lentos
Arrastados em nenhuma direção
Quiça há de surgir um rugido
Setembro germinará a semente esquecida
Os versos entoarão canções
E na beleza das flores frescas
Cores, fluidos, aroma, em soma
A delícia de ser o que é ...essencial é
Um comentário:
Quando Sete-mbro vier....
Postar um comentário