Noite e chuva se misturam
Respingam fios miúdos
Escuros e úmidos
Caindo em transe
Tremeluzindo à luz
Trazendo as guias
Da melancolia fria
Que rodeia meus passos
Em voltas e contras
Vestindo a revelia
De cores esdrúxulas
As horas que arrasto
Quando colo meus olhos
Na névoa que encobre
Os vícios de antes
E resgato a imagem
Debruçada na memória
Encapsulada para não me perder.
Um comentário:
Ivone,
"encapsulada para não se perder"...
Que bonito isso!
Mas, suponho, com a chave para a explodir a cápsula, se necessário.
Abraços, flores, estrelas..
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