segunda-feira, 30 de julho de 2007

Centelha

A insegurança a levou ao mais alto penhasco.
Subjugada permaneceu. Não via a luz, não acreditava nela.
E quando adormecia sonhava, mas nunca se lembrava dos sonhos.
Numa noite fria, a lua resplandeceu e refletiu um pedaço de papel
em branco, ferindo-lhe a vista.- Para que me serve um papel em branco?
Não tenho a tinta para borrá-lo enem quero lavrar amargas palavras.
Adormeceu na mesma hora de sempre e novamente sonhou os sonhos
que nunca se lembrava.
Acordou no meio da noite, com a lua ainda no meio do céu.
Sentiu um toque em seu rosto.
Rapidamente prendeu o papel e o levou para diante dos olhos
com uma impetuosa curiosidade.
Estava escrito: comece.

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