segunda-feira, 28 de abril de 2008

Índia que sou

Dos desenhos que faço na água
sobram as sombras e os olhos

Amanheço na borda do primeiro raio
e tenho o dia inédito, em preto e branco

Das securas cravadas, que me fazem sólida,
percebo as primeiras lascas caindo

De pincel nas mãos, espalho o sangue
e de vermelho tinjo minha pele nova

Há um peso...um grito na mata cerrada...
Um arco e flechas reluzem nas minhas mãos

Um comentário:

ükma disse...

Este poema é incrível. Assim que o li, pensei na hora: Ivone já tem material para fazer um livro. E que saia logo essa cria!!

É arte da melhor qualidade.