sábado, 13 de julho de 2013

se pender ao findar do dia
e a noite adentro
uma asa sangrando
sem ataduras
verás que horizonte mórbido
é o da visão cansada
nenhum ruído senão um lençol
feito braços de mãe
ao atormentado corpo
recolhendo teu silêncio pesado
... dorme o anjo
semblante nu
castidade à luz de velas
ultraje aos pensamentos
trocados pela força
contrariedades à sua natureza
uma escravidão perene
à espera do amanhã
quem sabe
 



10/01

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