quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Vigília

Vigília

Quem apalpa agora
senão um vestígio
de vento na toca
onde curva e volta?

Eu, parede em aparência
uivo mudo, ardência
interna redemoinho

Raso o riso
passos em cadência
em qual me escondo?

Estranha, a noite!
O ruidoso momento
que adia ou espera

Tua voz : nuvem

- envolve minha dor
passeando
e não diz a palavra
que me salva -

Desse ponto,
do mapa indecifrável
do abismo noturno,

aves rodeiam
a esfinge adormecida
guardando um segredo


16/12/2008

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