quinta-feira, 9 de julho de 2009

Inconsequências


Por que desejo uma trava
e flutuo incessante num redemoinho?

Quanto de aparência deve o choque,
o teste que se aflora e apunhala?

Minhas costas gélidas acostumadas
ainda um punhal rasga, fere?

Quantos risos hão de ter a boca,
enquanto sangram os pulsos?

Passem por mim as víboras,
os temporais, as orgias,

que das rimas nada sabem
Não falem por mim! Revidarei?

Olharei para o alto
e estarei livre das radiações?

Oh! terrenos que me expelem
e me fazem um incômodo de mim:

Que dor maior a de ser vítima
de querer da flor o que se exala

e se em teu cerne há a luz que extermina,
em qual ponto hei de ver, se sempre és tardia?

Bendito o que manipula e não conhece o entardecer,
o livre e manso, que navega em todas as ondas

O simples que nada questiona e finca a fé,
que perdoa sua estupidez e ri maior em qualquer nota

Bendito ao basta que se apodera do poderoso,
que se safa, por estar certo de sua razão

Quem questionará ao covarde, cego, mas firme?

Não darei meu suspiro rente ao chão, onde nada o pó,
sem antes olhar-te nos olhos e dizer-te: oh vida,

sei mais de ti do que imaginas de mim!

Um comentário:

Rita Medusa disse...

meu,como tá lindo teu blog e esse poema é fera,me intriga...