sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Intenções

Se me encontro
naquela hora
da qual nunca saí,

se o meu íntimo
agora só a tua mão
pode abrir,

se minha boca
fechada e surda,
que ao teu falo se abre,

engole amor e lágrima
em cascata, os poemas

ora de certeza
ora indecisão

nesta imensidão que sou

ora molhada
noutra vazia

é porque

sei que te levo rasante
e é sempre bom, mas

sei que te viras de costas
e caminhas em opostos

sei que me riscas
das tuas listas

que resistes
e não bebes

nem me provas. me prova?

sei,

virás ainda,
no rumor das folhas
embriagadas

dos papéis amassados
com letras coloridas

num beijo que sela
as intenções escondidas

nas sutilezas, pois também sabes
que é sempre bom!

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