sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

23.11.2011


Talvez eu sempre estivera presa e as paredes me desafiando. é espessa a parede. disso nunca duvidei. é espessa e dela nem mesmo o pó muitas vezes consigo tirar. marcas de mãos. marcas do tempo. marcas da prisão. eu fazia minhas danças e abençoava o assoalho pelo dia de amanhã. tudo mais espesso. marcas de meus pés. idas e voltas. sozinha em algum lugar perdida. fugindo o tempo todo. e fingindo.... tão bem. grande talento. pequena pobre burguesa. autosustentada. um orgullho só. severidade roendo os ossos das sobras. aos montes. não junta os cacos. dispõe-os. dorme sobre eles. desafia os olhos que nunca enxergam suas cicatrizes. veste-se de sol. engana tão bem. a mim não. nunca me engano. finjo. nunca me engano

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