sexta-feira, 1 de maio de 2009

Choque

vagar em noites,
seguir ciente das ciladas
o riso da boca para fora

no rosto, um véu mascara

não vanglorio
sei da minha miséria
das pétalas,
da flor ainda semi-aberta,
secura

é curto o ciclo...podia deixá-lo cumprir-se

tão silenciosa a margem em que me debruço
chove sem mais sonhar a estiagem
vertente que não se esgota
vertigem constante

essa que vês, se faz camaleão e sua cor é palidez
um dia ousou o sonho,
hoje a frieza
não diria jamais que voluntária

minha ousadia precede o que quero

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