Num palco de luz
de fundo chita
compondo o cenário
impondo coragem
a quem assistia
e logo teria neleos pés
do destino traçado
via-se lá no alto
acima de um pensamento
em uns olhos escondidos
acima de uma vontade
como numa profecia
uma ruidosa impaciência
que espreitava o momento
em vista de tantas curvas
e dúvidas inebriantes
sina de quem cisma
e tem um guia
que espeta como agulha de vodu
e joga no fogo ardente
mostrando os dentes...
E eu nem queria saber
- mas livrai-me da verdade ou da mentira,
sem ira
à vista de quem nem precisa entender...
- Ah! as águas doces onde as ninfas se banham...
têm a transparência de um dia em que as nuvem voa
me o sol a pino transformam-nas em tremeluzentes
gotas, intensas, restauradoras –
E sangrava e estancava...a imagem desvirtuada
procurando deszelada
o porto onde a maré favorável
lhe devolveria o chão
Os rostos coram e empalidecem
mas, e a inocência
que vela o gesto singelo?
A doce amora tem cor forte
na retina tem passagem livre
o sonho não pode ser ludibriado
há sempre uma cobrança
como um crime a ser expiado
E quem me fez tantas coisas ver?
- eu nem queria...
Até fiz uma prece:
- Pai,
permita-me imperfeita
serei interessante e apreciada
livrai-me de tanta compreensão -
/ivonefs - 03/10/2007
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