sexta-feira, 29 de junho de 2007

NOITE ADENTRO II

Que dizer das horas incertas
Das vozes sumidas
Do meu deserto
Do dia vazio que eu não vivi ?

Do dia que passa
Sem graça, sem vazão
Inanimado, aborrecido,
Interminável sequidão

Cansei da espera
E vi que era além, muito além
Da esfera que eu mesma delineava
Que havia um mundo
A minha espera
De horas cheias, de vozes doces

Ainda espero...

E é nessas horas incertas
De vozes sumidas
Do meu deserto
Que ouço a voz do que quero!

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