- tá com raiva?
- hoje quero ser pedra mais que saliva
- voce quer ser a medusa?
- não. mas olharia nos olhos dela
- a vitima dela?
- não vítima
- suicidazinha!
- vontade...
- olha para trás, igual a mulher de lot
- mulher de lot?
- de sodoma e gomorra
- e virar pedra?
- de sal
e sodoma e gomorra viraram o mar morto
mas aí quem sabe te lambam pelo menos
- as vacas adoram lamber sal...
- eu seria uma vaca
- o sal faz flutuar
- o corpo
- num mar morto salino
- credo... ta mais pra hebréia que pra grega então
domingo, 29 de março de 2009
ondulações
acho bonita a cidade assim
vista daqui do alto
visto-a nos olhos
hoje de neblina
seda londrina
vista daqui do alto
visto-a nos olhos
hoje de neblina
seda londrina
Sobram as palavras
em que sentido?
nenhum. bloqueio de direção.
viraram um amontoado
e, neste caso específico,
o poema estava do lado de fora.
nenhum. bloqueio de direção.
viraram um amontoado
e, neste caso específico,
o poema estava do lado de fora.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Paisagem
Do vento, uma rajada
onde transpareço nuvem
De um sopro, um alarde
rebatendo no teto
Uma sensação
parando entre os olhos e o tempo corrido
Um carro,
uma marginal em vai e vem
Um Pinheiros de tez lisa plúmbea
escondendo seu desespero
À saída de um esgoto,
uma garça... solidão.
onde transpareço nuvem
De um sopro, um alarde
rebatendo no teto
Uma sensação
parando entre os olhos e o tempo corrido
Um carro,
uma marginal em vai e vem
Um Pinheiros de tez lisa plúmbea
escondendo seu desespero
À saída de um esgoto,
uma garça... solidão.
terça-feira, 3 de março de 2009
O mundo é muito barulhento
Faça-se silêncio
que hoje preciso dos ruídos
das árvores
das águas
das pedras
em choque com o vento
e só.
que hoje preciso dos ruídos
das árvores
das águas
das pedras
em choque com o vento
e só.
Ânsias e mármore
Quem dera fosse eu iludida.
Por que vazam-me os olhos
as certezas cruas inauditas?
Por que vazam-me os olhos?
Ronda-me um abraço inédito
Incendeia qualquer riso pouco
Abrasam cinzas em descrédito
Ao vir vento sopro intrépido
Qual beleza fria, fotografia,
O deserto, a solidão a esmo,
Refletindo assaz água viva
Porque certa é a imagem nua,
Céu de um pensamento audaz
Que na dureza não se amotina.
Por que vazam-me os olhos
as certezas cruas inauditas?
Por que vazam-me os olhos?
Ronda-me um abraço inédito
Incendeia qualquer riso pouco
Abrasam cinzas em descrédito
Ao vir vento sopro intrépido
Qual beleza fria, fotografia,
O deserto, a solidão a esmo,
Refletindo assaz água viva
Porque certa é a imagem nua,
Céu de um pensamento audaz
Que na dureza não se amotina.
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