Se me encontro
naquela hora
da qual nunca saí,
se o meu íntimo
agora só a tua mão
pode abrir,
se minha boca
fechada e surda,
que ao teu falo se abre,
engole amor e lágrima
em cascata, os poemas
ora de certeza
ora indecisão
nesta imensidão que sou
ora molhada
noutra vazia
é porque
sei que te levo rasante
e é sempre bom, mas
sei que te viras de costas
e caminhas em opostos
sei que me riscas
das tuas listas
que resistes
e não bebes
nem me provas. me prova?
sei,
virás ainda,
no rumor das folhas
embriagadas
dos papéis amassados
com letras coloridas
num beijo que sela
as intenções escondidas
nas sutilezas, pois também sabes
que é sempre bom!
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