Eu te culmino de olhar-te
Aço rubro
Entreposto do passado
Faço-te espelho
Silêncio de um reflexo
Espectro
Vagas imóvel ao acaso
Cama desnuda
de lençóis idálios
Um deus te cobre
e nos faz meio
(Nunca estiveras assim, sob a sombra de uma luz)
Se antes guardavas a melancolia naufragada
Guardo agora minha face a reavivar-te
Bebo teu repouso escarlate
Abre-te belo e me contagia na tua eternidade
Vê, nem sempre renuncia a flor sufocada por espaço
Curva-se a haste
E altiva por onde deseja
Quem deterá se te lanças?
Sabemo-lo o motivo
Inda que imóvel e muda a boca
Respiro adjetivo
Colho da tua presença a embriaguez
De palavras grávidas em hora de parto
Atam-me as formas em ruínas
Um aroma doce me desperta...
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