Quando ainda era sinal de luta
e revirei coisas e saí em chamas
e procurava o labirinto infinito
onde as unhas se quebravam
o quarto escuro, a teimosia
ansiava a desordem, que fosse
a imprevisão do previsível
o triunfo de ver novo, insistia
ora, se durmo e acordo
e hoje é outono, o sol não queima,
mas o vulcão me habita
talvez o segredo, em que não creio.
seja o inexplicável, o grande desconhecido
a verdade, que intocável permanece
o que me faz seguir...
Um comentário:
muito bonito esse poema!
Ivone escreve o eu universal,
seus poemas são "iscas" que pegam
a gente, para dentro de nós mesmo,
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